terça-feira, 28 de maio de 2013

Anos melhores a cada vinho!


Os anos vão passando e com o tempo, os gostos vão se refinando.
Comigo foi sempre assim.

Por algum tempo, a quantidade sempre prevaleceu, embora a qualidade fosse discutível. 
Isso se aplica a quase tudo. 
Felizmente, o próprio tempo se encarrega de providenciar uma 'peneira' e promover a seleção natural, separando você de algumas pessoas ou você se separando delas.

Aprendi há alguns anos, a apreciar bons vinhos. 
Deixando de lado os doces e nocivos vinhos de mesa. 
Junto com eles foram embora, toda leitura descartável e pessoas sem fundamento.
Não posso dizer que fiquei, como dizem no popular "fresca, metida", apenas refinei um pouco mais meus hábitos. Pelo menos alguns deles.

Um bom vinho geralmente vem acompanhado de pessoas interessantes. 
A conversa verte na mesma proporção das garrafas. Os assuntos fluem mais fácil e os sorrisos pontuados por línguas azuladas revelam a quantidade de flavonoides circulando no corpo.

Não tenho problemas com as castas das uvas claras, mas prefiro as escuras, tintas, toda a família Cabernet é sempre muito bem vinda: Cortis, Dorsa, Franc, Mitos, mas a acessibilidade  da Sauvignon me atrai. 

Há uma melodia simbólica no suave som da rolha saindo da garrafa, o líquido escuro vertendo na taça, esperando para ser apreciado pelo olfato antes mesmo de ser sorvido. 
Delicio-me com a cena e agradeço a Deus por poder valorizar este pequeno gesto. 

E assim como o gênio escapa da lâmpada e realiza desejos, o aroma e o sabor do vinho escapam da garrafa para nos proporcionar um momento indelével... 
Até o momento de outro gênio ser liberado.





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